A escritora Odila Lange, mestra em História, folcloróloga, cordelista, membro da Academia Douradense de Letras (ADL) investe em novos projetos culturais, em Dourados. Interessados em bater um papo descontraído, podem encontrar Odila todas as quartas-feiras sob a concha acústica 'asa delta' na Praça Antônio João. Entre 16h às 17h, rola todo tipo de assunto. "Não vou dar conselho, não. Vamos conversar", diz Odila.
Segundo a cordelista, o objetivo é o lema do projeto delineado por ela, intitulado "Humanizando a Vida". "As pessoas se reúnem e ficam falando, cada uma pelo celular ao invés de conversar olho no olho. A tecnologia é boa, mas está desumanizando. As pessoas vão ao restaurante, por exemplo, e ficam fazendo o "check in", postando fotos da comida, não têm mais tempo para ouvir o semelhante", argumenta a escritora. Odila lembra que a atual cultura de teclar o tempo todo está resultando em mais casos de Ler/Dort - lesões por esforços repetitivos.
Ela compartilha a experiência nos dois primeiros encontros na praça. "Da primeira vez foi um fracasso total. Choveu e não apareceu ninguém. No segundo, vieram várias pessoas inclusive adolescentes que quiseram falar sobre esporte radical, o skating. Foi um aprendizado porque eu não sabia nada sobre o assunto", conta Odila.
Foram quatro estudantes das escolas Izabel Muzzi e Rosa Câmara, que andavam de bicicletas e skates na Praça Antônio João. "Eles viram o banner e disseram: 'vamos conversar, tia?'.
"O que vocês querem falar?", perguntou Odila. "Sobre skate", arremataram os meninos que vivem pulando obstáculos nas ruas e calçadas desde a Vila Industrial até o centro da cidade.
"Adorei a experiência. Eles, por outro lado, me ensinaram muito", diz Odila. Segundo ela, a ideia partiu da sobrinha Etel Matiello, que mora em Brasília onde trabalha como nutricionista no Ministério da Saúde.
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